Estimular estudantes a terem contato com o universo acadêmico, identificarem situações que podem ser melhoradas em Feira de Santana e proporem soluções para o que identificaram. Esses são alguns dos objetivos do Ensaio Científico, espécie de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) que alunos desenvolvem no 9º ano para apresentarem a banca avaliadora e finalizarem o Ensino Fundamental II. Vale lembrar que TCC é realizado para concluir cursos universitários.
Fernanda Neves, que com seu grupo estudou sobre ‘O lugar do teatro na cultura e lazer de Feira de Santana a partir da criação do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca)’, gostou da experiência. “No início do ano não entendi muito bem o que era o Ensaio Científico. Hoje sei que quando eu ingressar no ensino superior, já terei base para fazer trabalhos acadêmicos”, declarou.
Mãe da estudante, Lívia Neves disse que só conheceu o TCC na faculdade. “É muito importante alunos já vivenciarem agora trabalho de pesquisa desse tipo. Acompanhei todo processo e eles ainda conseguiram me surpreender com uma apresentação 
fantástica”, acrescentou. Estudantes identificaram que população feirense não está plenamente ciente das atividades realizadas no Cuca, a exemplo da oficina de dança.
Entre propostas de intervenção dos pesquisadores está a realização de parceria entre o Cuca e escolas de Feira de Santana; e a fixação de cartazes em locais visíveis nas unidades de ensino parceiras. Cartaz deveria conter QR Code que, ao ser lido por um smartphone com internet, levasse à uma página específica do Cuca, onde estariam informações que são desenvolvidas no local. Banca avaliadora deste trabalho foi composta por Elidiane Souza (atriz), Ivan Braz (poeta) e Amanda Portugal (ex-aluna JPI). Avaliadores foram unânimes em destacar a qualidade do trabalho apresentado por Fernanda Neves, Guilherme Ferrari, Lisandra Santa Rosa, Lucas Fiatkoski e Maria Luiza Souza, que foram orientados pela professora Ednália Aquino.
‘Bairros periféricos: Bairro Tomba e suas contribuições para Feira de Santana’ foi tema da pesquisa realizada por Sophia Macário e seus colegas de grupo. “Eu e meus colegas sentimos falta de estudos sobre bairros periféricos feirenses. Daí escolhemos o Tomba por ser o mais populoso e um dos mais antigos de Feira de Santana, além de ter tido sua história um pouco perdida. Nosso trabalho busca resgatar a trajetória do bairro e promover sua valorização”, pontuou.
Cristiane Macário, mãe da estudante, disse que a pesquisa resgatou também um pouco da história da família paterna de Sophia, pois sua avó, Margarida da Silva, que também acompanhou a apresentação, nasceu no Tomba. “Fiquei emocionada com a apresentação. Este trabalho trouxe mais que conhecimento, trouxe também realidade para alunos”, acrescentou. Como forma de intervenção e de registro da memória do bairro, pesquisadores gravaram minidocumentário exaltando aspectos positivos do Tomba, a exemplo da sede do Sesc (Serviço Social do Comércio) e da icônica Caixa d’Água, hoje um dos cartões postais mais populares de Feira de Santana. Vídeo foi exibido após a apresentação.
Avaliando o trabalho na banca, professora Márcia Boaventura, que mora no bairro, destacou que iniciativa dos estudantes contribui também para combater qualquer visão preconceituosa que possa existir em relação ao Tomba. Trabalho foi realizado por Sophia Macário, Bruna Barcelar, Júlia Silveira e Jorge Neto; e orientado pela professora Cosma Oliveira. Apresentações do componente curricular Ensaio Científico, que tem Paula Brito como professora, foram realizadas no auditório JPI. Abaixo, veja a relação de trabalhos apresentados por data. E ao final do texto, todas as fotos.
30 de outubro
O lugar do teatro na cultura e lazer de Feira de Santana a partir da criação do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca).
A resistência das rádios enquanto veículo de comunicação em Feira de Santana
A formação da Região Metropolitana de Feira de Santana (RMFS) e sua efetivação.
A evolução das transnacionais em Feira de Santana nas primeiras décadas do século XXI.
31 de outubro
O desenvolvimento do entroncamento rodoviário em Feira de Santana ao longo do século XXI.
Bairros periféricos: Bairro tomba e suas contribuições para Feira de Santana.
Observatório Astronômico Antares, unidade experimental Uefs (Universidade Estadual de Feira de Santana): Ações desenvolvidas para a comunidade escolar em Feira de Santana.
Agenda 2030: Uma análise da disseminação entre estudantes do ensino básico de Feira de Santana.
Museu e Observatório Astronômico Antares e o conhecimento científico da química para pessoas com deficiência intelectual nos dias de hoje.
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